segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Nosso Mes de Dezembro

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… o nosso mês de Dezembro foi encantador! … participámos em “grandes” actividades! … Logo no dia 3 de Dezembro participámos nas comemorações do Dia Internacional de Pessoas com Deficiência, decretado há 19 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Este ano decorreram em Campo Maior, promovidas pela Associação de Solidariedade Social “Coração Delta” com o Governo Civil de Portalegre.
A organização foi extraordinária, foi pena termos que vir embora mais cedo por causa do nosso transporte e não podermos participar em todas as actividades, que estavam propostas!... mas apesar deste contratempo, gostámos de tudo o que experimentámos.
Ah! E o nosso Grupo Coral? Actuou de forma brilhante!

Este ano as comemorações, deste dia, ficaram marcadas pela apresentação de um conjunto de 133 medidas de apoio a pessoas portadoras de deficiência. A Estratégia Nacional para a Deficiência é, segundo a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Dra. Idália Moniz, um programa «integrado e multissectorial» que abrange medidas que foram «apresentadas e trabalhadas por 15 ministérios» e que dá continuidade ao Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade (PAIPDI, 2006/2009). Estas medidas já foram publicadas em DR.

Logo no dia a seguir participámos num Desfile de Moda, organizado por Martinha Oliveira e Andreia Pires e pelas Lojas: Charanga, Best Fit, Divas, Sonho azul e Lilás e ainda estiveram na Maquilhagem e Cabeleireiros: Fernanda Cabeleireiros e Ana Baptista. Este evento teve a participação de vários formandos do nosso Centro de Formação, que fizeram um “figurão” e foram muito aplaudidos!... Vivam eles!... Foi mesmo um êxito. Obrigado à organização que se lembrou de nós, não só para participarmos como modelos mas também para nos oferecer as receitas do evento! Muito obrigado!


Ah! Mas não foram só estas actividades, também recebemos outras mensagens de carinho, incentivo e apoio, designadamente a Gerência do Bar Jóia, que organizou um jantar de solidariedade com os seus Clientes, cuja receita reverteu para Nós.
Também foi um êxito! Muito obrigado!




… a nossa Polícia de Segurança Pública, ofereceu-nos brinquedos e jogos educativos resultantes de uma recolha feita pelos nossos agentes da “Escola Segura”.

Não ficámos indiferentes! Obrigado, e que os benfeitores nunca se arrependam! É, efectivamente, a sua força que nos move a “fazer” cada vez mais e melhor em prol desta nossa Instituição.

Para festejarmos o Natal, também realizámos a nossa festa! Foi tão bonita!... Estas imagens, valem mais que mil palavras, ora vejam! …

Mais fotos clic aqui



… mais um ano passou!... E a Direcção deixa uma mensagem:
“Para o ano de 2011 não podemos ambicionar menos do que atingimos até aqui e, consciente que a conjuntura económica pode constituir um óbice a este objectivo, cabe-nos trabalhar, ainda, com mais exigência e rigor, de modo a salvaguardar, não só, a nossa sustentabilidade, mas também, a melhoria dos serviços prestados aos nossos Clientes, que são a razão da nossa existência.

Diríamos que (se estivermos unidos) a Cerciportalegre está preparada para enfrentar quaisquer adversidades. Temos que enfrentar a crise sem medo, porque o medo paralisa e não deixa encontrar soluções. E, para triunfar temos que ter uma grande capacidade de organização, em conjunto com um forte sentimento de equipa, de partilha e cooperação! Temos de reconhecer que estamos perante circunstâncias muito difíceis e exigentes e que a sua superação obriga versatilidade, energia e confiança mútua entre TODOS.
Bem Hajam! “

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011 é tempo de reflexão


Feliz 2011 na companhia de quem mais amam, são os nossos votos a todos(as).

Deixamos um poema de António Gedeão, que apesar de ser um poema de Natal não deixa de ser uma crítica à sociedade consumista de hoje, que quase se esqueceu do verdadeiro significado do Natal, do amor, da solidariedade, da paz e da amizade entre as pessoas.


Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão