No
passado mês de Maio fomos convidados pela Fundação Robinson a desenvolver uma
actividade educativa no Núcleo Museológico da Igreja do Convento de S.
Francisco, designada de "O meu olhar".
O propósito foi explorar a colecção permanente, a Colecção
Sequeira, com uma dinâmica que incluiu a expressão corporal – assumir-se como uma
escultura e moldar o outro para ser o seu modelo de escultura e a expressão plástica - criar e
interpretar o que viu e sentiu no museu, utilizando vários materiais.
Criaram-se expectativas, de início pareceu um convite estranho,
mas ao mesmo tempo desafiante, não escondemos que existiram ideias, que
não havíamos de gostar!...
Ah!...
mas quando chegámos fomos (logo) acolhidos de uma forma bastante dinâmica e
simpática! Iniciámos a visita!...
E,
foi-nos pedido que escolhêssemos uma das peças expostas, que a observássemos
bem, para depois a imitarmos com o nosso próprio corpo. Todos o conseguimos
fazer!...
A
seguir propuseram-nos que moldássemos a mesma peça no corpo dos orientadores da
visita!… Agora, esta!... é que foi um pouco mais difícil, mas demos o nosso
melhor!… moldámos, moldámos e sempre expusemos as “nossas” esculturas ao lado
das originais… foi um momento muito intenso de interacção social.
De
seguida orientaram-nos para a observação (de novo) da escultura original e lhe
descobríssemos pormenores interessantes, para depois numa outra sala a
construirmos à luz do nosso olhar!
Foi
um momento alto!... nós e a nossa interpretação da escultura! Não é que TODOS
conseguimos interpretar e transpor para o papel as partes a que demos
significado da peça escolhida?... cada um à sua medida e ao seu tempo!...
No
final os nossos trabalhos foram expostos para podermos ler o resultado de
como viram os nossos olhos… este tipo de
arte. Ficámos orgulhosos, afinal o nosso olhar não é diferente!... é o nosso
olhar!
Fomos
muito elogiados e até aplaudidos pela Fundação Robinson!
Voltámos
muito contentes para a Instituição, e afinal… foi na verdade uma manhã
magnífica, muito participada e com muito significado!
Gostávamos
de repetir a experiência! Efectivamente é preciso valorizar, cada vez mais, a
diferença de forma diferente e a arte é um bom veículo.
Obrigado
à Fundação Robinson!
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